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quinta-feira, 18 de junho de 2015

Produtores de leite apresentam demandas a deputados

Fonte: www.almg.gov.br
Fotos: Raíla Melo

Redução de juros bancários, prorrogação de dívidas, melhoramento genético do rebanho e profissionalização do gerenciamento da propriedade rural. Essas são algumas das demandas dos produtores de leite apresentadas em reunião da Comissão de Política Agropecuária e Agroindustrial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta quarta-feira (17/6/15). A audiência pública foi solicitada pelos cinco membros da comissão: deputados Fabiano Tolentino (PPS), Emidinho Madeira (PTdoB), Inácio Franco (PV), Nozinho (PDT) e Rogério Correia (PT).

O diretor da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, Luiz Carlos Rodrigues, fez um resumo dos principais problemas vivenciados pelos produtores de leite. Segundo ele, é urgente que seja adotada a securitização rural, permitindo a prorrogação do prazo para pagamento das dívidas dos produtores. “O homem do campo não é desonesto. Quando ele não paga uma dívida, é porque não tem jeito mesmo”, defendeu. Ele também sugeriu a cobrança de juros subsidiados para esse segmento.

Rodrigues ainda defendeu que o Governo Federal estabeleça um preço mínimo para o leite, de modo a garantir a remuneração dos produtores. Ele informou que os produtores mineiros estão recebendo entre R$ 0,70 e R$ 1,20 pelo litro de leite, o que seria insuficiente para cobrir os custos de produção. “O produtor rural precisa ter renda, para que viva bem”, reforçou.

Luiz Carlos Rodrigues ainda abordou o esforço da associação que representa para levar a tecnologia genética a todos os produtores de leite. “Essa tecnologia tem que chegar ao pequeno produtor, para que ele crie vacas produzindo de 25 a 30 litros de leite por dia, em vez dos 15 a 20 litros atuais”, afirmou.

Lideranças condenam importação de leite pelo Brasil

Vários participantes da reunião criticaram a política do governo brasileiro de importar leite de outros países. Eduardo de Carvalho Pena, da Federação da Agricultura de Minas Gerais (Faemg), informou que só do Uruguai, foram importados neste ano 60 milhões de litros. “Isso representa 8% da produção mineira de leite”, lamentou ele, lembrando que o governo tem ainda ultrapassado as quotas estabelecidas pelo Mercosul para esse produto.

O representante da Associação de Girolando, Luiz Carlos Rodrigues, fez coro à Faemg. “A importação de leite no Brasil é um crime! Temos que trabalhar para exportar leite”, defendeu. Segundo ele, o consumo do alimento no País cresceu apenas 2% no último ano, enquanto a produção cresceu 4,4%. “O que vamos fazer com esse excedente?”, questionou. Os deputados Fabiano Tolentino, Emidinho Madeira, Nozinho e Antônio Carlos Arantes (PSDB) concordaram com as críticas à importação.

Mas Eduardo Pena, da Faemg, ressalvou que exportar leite ainda é muito difícil para o Brasil. “Nosso plano de sanidade é pífio. Não temos dados confiáveis e unificados”, afirmou. Ele acrescentou que o plano nacional para erradicação da tuberculose e brucelose no rebanho bovino não funciona principalmente porque não há um plano indenizatório para animais contaminados.

Tratando de assistência técnica, Eduardo Pena destacou o programa Balde Cheio, da Faemg, presente em 315 municípios. “São 2.300 produtores rurais atendidos. Estamos conseguindo passar produtores das classes D e E para a classe C”, comemorou. Ele propôs a expansão do programa para todo o Estado e o País. De acordo com o representante da Faemg, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, lançou recentemente o programa de competitividade no campo, que tem como um dos focos expandir para todo o Brasil programas bem sucedidos em um Estado ou região.

Também elogiando o Balde Cheio, Luiz Carlos Rodrigues destacou que, por meio do programa, um agropecuarista consegue reduzir seu rebanho pela metade mantendo a mesma produção, por meio de melhoramento genético.

Veja a mensagem do deputado Nozinho ao produtor de leite

Ampliação da assistência técnica ao pequeno produtor

José Henrique Faria Jacarini, da Associação dos Criadores de Gado Jérsey do Brasil, reforçou que é fundamental oferecer assistência técnica para o produtor de leite. Esse apoio permitiria que o pecuarista tenha acesso a dados como os percentuais de vacas paridas no rebanho. Jacarini informou que, no Sul de Minas, o percentual de vacas paridas é de 50%. Segundo ele, o produtor só começa a ter lucro quando esse percentual chega a 70%.

Ele também defendeu o cuidado maior com as áreas sanitária e nutricional do rebanho, que vão garantir maior qualidade do leite. “Tem que se mostrar ao produtor a importância da qualidade do leite, que é exigida pelos compradores”, destacou. Também divulgou que sua entidade faz a distribuição de sêmen em todo o País, de graça, para quem se interessar. “Isso é de extrema importância para o melhoramento genético dos rebanhos", disse.

Guilherme Gonçalves Teixeira, da Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Estado (Fetaemg), lembrou que a maior demanda dos agricultores familiares é o acesso à assistência técnica. Segundo ele, 80% dos 500 mil produtores de leite mineiros são de pequeno porte. "Como vamos massificar o acesso à tecnologia e ao conhecimento?”, questionou.

Celso Costa Moreira, diretor executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados em Minas Gerais, declarou que a indústria requer melhorias na qualidade do leite e na gestão das propriedades rurais. “Nós estamos dando a contribuição para que isso se efetive. Caso contrário, vamos continuar sendo produtores amadores, e cada vez em menor quantidade”, alertou.

Ele apresentou alguns números da produção leiteira. No Brasil, são produzidos 36 bilhões de litros de leite por ano, sendo 10 bilhões em Minas Gerais, maior produtor nacional, com cinco milhões de vacas. Sobre as importações, Moreira relatou que até o ano passado, o preço da tonelada de leite em pó era de US$ 5 mil, mas esse valor caiu pela metade. “Os Estados Unidos já estão oferecendo esse leite a US$ 1.900 a tonelada, o que mostra o tamanho do desafio que temos para melhorar nossa competitividade”, refletiu.


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